O significador é a carta que será a tónica do lançamento, em qualquer situação, sobrepondo-se, inclusivé, às cartas que são chamadas como quintessência (a soma das cartas envolvidas na jogada - apenas Arcanos Maiores). O significador deverá ser encontrado, utilizando-se para isso a intuição, pois o significador é a carta que “CHAMA” a atenção assim que é colocada na mesa do lançamento. É a carta que salta à vista. O significador concentra-se no momento que é vivido pela pessoa que consulta o Tarot, ou seja, é a carta que resumirá melhor a tónica da situação vivida pelo mesmo. Quando se encontra a quintessência pela soma das cartas, deve-se considerar um desvio, pois é apenas uma soma que resumiriao lançamento. Isso funciona até certo ponto, pois em todas as situações das nossas vidas há uma tónica ou algo que se sobressai à situação. Logo, seguindo esse raciocínio, a quintessência será a situação e o significador será essa tónica. Ou, ainda, a situação “personalizada”, o lado inconsciente da questão.
É o ponto em que quem consulta o Tarot deve buscar mais consciência. Pois é o que está fora do seu alcance de consciência.
Crowley ainda utiliza um outro tipo de significador. Pelo seu método, quem interpreta escolherá para quem consulta uma carta segundo suas características físicas: Cor de cabelo, idade, etc. Ou ainda, caso se conheça o mapa astral do mesmo, pode-se usar o grau do ascendente para identificar a carta chamada significador (a que representa quem consulta o Tarot). Isso deve ser feito utilizando uma Tabela Astrológica da Realeza, que relaciona o Tarot com a Astrologia. Dessa forma, o significador sempre será uma carta da Realeza. Por exemplo, alguém com o ascendente em 23º de Escorpião terá como significador o Cavaleiro de Paus. E outra pessoa com o ascendente em 3º de Aquário terá como significador o Príncipe de Espadas.
Os Arcanos Menores, ao contrário dos Maiores, representam aspectos diários da vida da pessoa.Podemos, inclusive, dizer que falam da relação da pessoa com o mundo que a cerca. Enquanto os Arcanos Maiores falam dos mistérios internos do indivíduo, os Menores falam dos mistérios externos. Menos profundos e fáceis de se absorver em seu simbolismo (fortemente apoiados na astrologia, geomancia e no I Ching), os Arcanos Menores são, na maioria das vezes, desprezados, como se não tivessem nenhuma serventia.
Maior erro não poderia haver, pois, apesar de serem mais fáceis, são extremamente importantes no desenvolvimento da mente do indivíduo, uma vez que auxiliam no domínio do mundo exterior e contribuem para diminuir o impacto entre a mente e a realidade. Muitas vezes somos tomados por dúvidas e por insegurança, quando somos colocados em situações que não dominamos por completo. Nesses casos, os Arcanos Menores podem ser de grande valia, pois auxiliam na tomada de decisões da vida diária.
É o homem controlando o mundo e a natureza que o cerca. Não estamos incentivando o uso divinatório (ou adivinhatório) do Tarot, mas colocando-o à disposição do estudante que busca a si mesmo. Aqueles que buscam um melhor convívio com o meio em que vivem.
Como um espelho da realidade, nesse momento, o Tarot assume o papel de contato entre o Eu Interior e o Eu Exterior da pessoa. Semelhante à alma (psique), que une o espírito ao corpo, os Arcanos Menores unem o ser humano ao mundo que o cerca.
Simboliza na natureza aquela fase transitória entre o inverno que acaba e a primavera em fase de preparação; o mundo da imprecisão onde tudo se mantém sem formas precisas, sem fronteiras bem delineadas.
A água mutável que ela representa é, ao mesmo tempo, uma enchente de inverno, um dilúvio purificador onde as ligações são desfeitas, as forças de coesão apagadas. É a massa móvel e anônima das águas do mar, onde tudo se lança à imensidão oceânica. Água dissolvente, mas também água fecundante, como prova o fundo inesgotável do mundo submarino.
Diante de Virgem, que insiste em tudo o que é detalhe, particularidade, precisão, norma, regra, medida, Peixes aparece como um mundo onde tudo é global, ilimitado, infinito e o supra-racional em domínio absoluto. É a grande comunidade. Regem o signo, astros de fecundidade: Júpiter domina e Vênus encontra-se exaltado. Arquétipo da dissolução e integração universais, Netuno aparece aqui como novo regente do signo.
Simboliza na natureza a primeira assimilação do grão recém-semeado, integrando-se ao meio terrestre. Este signo fixo de ar não representa nem a ligação da mente em Gêmeos, nem a do coração em Libra, mas a ligação da alma revelada pelo mundo das afinidades eletivas, cujo alcance final é a fraternidade universal.
Diante de Leão, que personifica a realização do indivíduo, cuja vontade está inteiramente a serviço do Eu, Aquário representa o acesso ao grau superior da pessoa mediante a aceitação dos outros, até a destinação final que é a participação universal.
A tradição fez de Saturno o planeta regente deste signo: A dedicação saturnina não é mais um dever e sim uma alegria, um desejo de se perder, uma realização. Desde a descoberta dos novos planetas, Urano é seu segundo regente.
Simboliza na natureza, o despojamento, o encolhimento, o silêncio, a concentração do inverno em sua rígida grandeza. Signo cardeal da terra, marca o período em que o grão fica enterrado no solo, esboço de um lento amadurecimento sem alarde, em vista de uma última conquista num prazo distante.
E, ao mesmo tempo, símbolo de uma meia-noite celeste, em que o solstício de inverno aparece como uma fase de concepção, de raiz, de base (daí vem a relação com a estrutura das coisas), e de um meio-dia terrestre que tem sua réplica na X Casa durante o ciclo do dia e, como tal, de um cume, lugar predileto da cabra.
Oposto a Câncer, que é o signo da mãe, do berço, da encarnação e do íntimo como também do supra-sensivel, o capricorniano tende ao impessoal, à desmaterialização, à liberação das coisas terrestres.
É difícil referir-se aos fenómenos da natureza quando se fala deste signo pois, após as transformações a que foi submetida em Escorpião, a vegetação é inexistente.
A energia sagitariana opera uma projecção daquilo que o Escorpião aglomerou para destiná-lo a um determinado objectivo. Nisso, justifica-se a imagem do centauro, atirando uma flecha em direção ascendente. Trata-se de reunir o próximo ao distante para fazer triunfar o segundo sobre o primeiro graças à união do inferior com o superior: o cavaleiro duplica-se pela força do cavalo ao fazer corpo com o seu corcel, pernas encostadas no abdômem (relação do Sagitário com as coxas em L’homme-zodiaque).
O fogo sagitariano pode renunciar a servir (como um Leão) a magnificência do ego para atingir a experiência transindividual. E, ao contrário de Gêmeos, signo oposto, que é todo dualidade e diferenciação, Sagitário é o reino da unificação, da reunião, da fusão, da síntese. Está sob os auspícios planetários de Júpiter, princípio de coesão, coordenação e integralização.
Simboliza na natureza a agonia da vegetação, a queda e decomposição das folhas, expressão da destruição dos valores, dos objetos e das formas exteriores em favor de um processo de fermentação, putrefação e desagregação. Este signo fixo de água é o signo da água parada e fétida dos pântanos, como também o da aguardente ou da lava vulcânica.
Em oposição a Touro, que corresponde aos valores de captação e aquisição da boca, representa o ânus, que corresponde psicanaliticamente aos valores excrementícios: dejeção, expulsão, liquidação, restituição. Ele transforma, destrói, corrompe, recompõe. Mas, além de corresponder ao ânus, com sua carga de pulsações agressivas, ele também corresponde ao sexo com sua força criadora, fecundante.
Este signo está sob o domínio de Marte e Plutão, o “Príncipe das Trevas”, símbolo das profundezas e das trevas da nossa noite primordial, principalmente de nossos mundos infernais.
Simboliza na natureza o equilíbrio dos dias e das noites, marcado pela chegada do mundo noturno e igualada pelo declínio do mundo diurno, que é o da luz e do calor (queda do Sol). Os últimos frutos maduros se destacam das árvores; é a prefiguração de uma fase de descanso, de relaxamento, de paz, onde as formas exteriores, progressivamente vão se apagando, dando lugar à vida interior.
Este crepúsculo outonal da natureza forma uma dialética com a aurora da alma simbolizada pela exaltação de Saturno, e que valoriza as tendências ao desapego, ao despojamento, à renúncia, à vitória do espiritual sobre o material.
O símbolo (os dois pratos da balança em equilíbrio) significa uma relação de equilíbrio entre dois elementos alternantes, uma oposição dos contrários, como também uma associação de elementos complementares.
Ao contrário de Carneiro, que é brutal, afiado e direto, Balança é o signo do meio-termo, da medida, dos semi-tons, das nuances; é um signo do ar, de natureza subtil e etérea, sob a tutela da Vénus apaziguadora, a Vénus-Afrodite das rosas de outono, ordenadora celeste do amor, do belo, do justo, inspiradora das artes.
Simboliza na natureza o resultado de um longo processo. Quando a sementeira é feito sob o designio de Capricórnio, o grão torna-se aqui o espigão maduro, pronto para a ceifa e a colheita, o armazenamento em celeiros. Sob este signo de terra-mutável, estéril por um tempo, tudo na natureza se resseca (o grão liberta-se da espiga ao destacar-se de seu invólucro), torna-se diferenciado, selecionado, particularizado, demarcado, reduzido, impondo a si mesmo limites precisos.
O impulso vital está no seu declínio: as forças diminuem, as formas se afinam; mas o empobrecimento da vida em seu estado bruto é compensado por uma ordenação da mente. Surge a razão, o homem que procura por sua razão lógica. A energia é canalizada na esfera imaterial da inteligência, na acuidade da mente. Este signo corresponde organicamente ao intestino em sua função de crivo de triagem, assimilação e eliminação dos detritos.
Signo de Mercúrio tem afinidade com o astro em sua repressão à vida sensível, na intelectualização e socialização em prol dos costumes e convenções submetidos às regras do bom senso; comércio da mente por meio das idéias revestidas de palavras, e comércio da matéria pelo sistema dos intercâmbios regulamentados. Signo e planeta estabelecem distinções, separações, demarcações, classificações, a exemplo da seca que destaca as partes de um todo.
Simboliza na natureza a culminância da vegetação, a plenitude do fruto, toda a magnificência ou maturidade sob o Sol mais resplandecente do ano. Em analogia com este apogeu do pleno meio-dia de verão, é o signo da plena afirmação da individualidade, da vontade, da consciência, do “eu”, da soberania egocêntrica.
Enquanto o fogo cardeal de Carneiro é animalesco, cego e sublime, o fogo fixo de Leão é a expressão de uma força dominada, de uma energia-luz disciplinada, de um fogo individualizado destinado às potencialidades do Eu, da vontade dirigida, força central reguladora e irradiante de vida, de calor, de luz e esplendor.
. O significador num lançam...
. O Tarot e os arcanos meno...
. Os signos e a simbologia:...
. Os signos e a simbologia:...
. Os signos e a simbologia:...
. Os signos e a simbologia:...
. Os signos e a simbologia:...
. Os signos e a simbologia:...
. Os signos e a simbologia:...
. Os signos e a simbologia:...
. Outros locais
. Em Inglês